Menos congestionamentos, menos estresse, menos sedentarismo, menos danos ao meio ambiente.

sábado, 28 de agosto de 2010

Um dia sob duas rodas

Juliana com a bicicleta Regina em Bonn
São 9h da manhã de uma terça-feira comum, Juliana se arruma para ir ao trabalho e prepara Regina com todo o cuidado. A dupla sai da rua Fadel Fadel, no Leblon, com destino à Fundação GetúlioVargas, na Praia de Botafogo.


A partir de 10h, a jovem de 26 anos precisa estar a postos para desempenhar o papel da economista promissora Juliana Figale, com mestrado na FGV e especialização em Governança Global na Alemanha. Enquanto isso, Regina a esperará. Ao final do expediente, por volta de 18h, as duas voltarão para casa.

A amizade entre elas surgiu na cidade alemã de Bonn, durante a temporada de estudos da economista. Um dia, Ju olhou despretensiosamente para uma lojinha: avistou uma bicicleta da marca Regina, da Alemanha Oriental, ou seja, anterior a reunificação, por apenas 50 euros. Comprou na hora.

- Descobri uma nova forma de vida. Andar de bicicleta é um jeito de vivenciar a cidade, de se exercitar, de ter uma atitude sustentável – comentou.

Na Alemanha, Juliana se locomovia sob duas rodas para todos os lugares, da universidade ao barzinho. Em Bonn, dois de cada dez habitantes utilizam, como meio de transporte, a bicicleta, que também é a principal forma de locomoção para 9% dos alemães. Taí, um excelente exemplo a ser copiado.

De volta ao Rio de Janeiro, Juliana pensou: por que não ir de bike para o trabalho? Do pensamento às primeiras pedaladas, houve alguns percalços.

- Tive algumas dificuldades, como encontrar um bicicletário e um local para tomar banho, trocar de roupa. Fiquei algumas semanas escolhendo o caminho, porque quando começa a ciclovia da Mena Barreto é um caos: pedras, buracos, carros estacionados. É preciso, em alguns trechos, andar na rua no meio dos carros, situação que exige cuidado – disse.

Hoje, Juliana se considera um ciclista cidadã, que conhece seus direitos e deveres.

E por falar nisso...Não custa lembrar... O movimento “1 carro a menos” defende o direito das pessoas de ir e vir de maneira mais saudável e prazerosa: de bicicleta, a pé, de skate, patinete, utilizando o transporte público de qualidade. Defende também um dever: o uso consciente dos carros. Saber quando usá-los, quando deixá-los em casa, a opção pela carona solidária, rodízio etc.

[Adriana]