Menos congestionamentos, menos estresse, menos sedentarismo, menos danos ao meio ambiente.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pedalando na chuva em segurança


Alô, galera do pedal! Saudações ciclísticas! Vamos a algumas dicas que pensei e pesquisei sobre comportamento na bicicleta quando está chovendo. Vejam o que acham, opinam, corrijam, sugiram e acrescentem à vontade!

Roupa - Capas de chuva leves são boas companheiras, ou casacos impermeáveis. Uma alternativa é colocar sacos plásticos em volta dos tênis ou sapatos. Vai sair e percebeu que rola uma possibilidade de chover, previna-se. Ponha essas coisas de chuva na mochila e saia pedalando. Você não é de açúcar e não precisa apelar para o carro, o ônibus ou o metrô só por causa de umas gotinhas que virão do céu!

Paralamas - Essa dica eu não gosto muito não, mas é recomendável. Particularmente, acho paralamas feios e meio bregas. Prefiro pagar o preço de levar água na cara, do próprio pneu dianteiro, ou nas costas, do pneu traseiro. Mas isso é questão de gosto, o seu não precisa ser como o meu, certo?

Lanternas - Na frente e atrás, e disso já falei muito no post anterior. Essa eu tirei de um site sobre segurança no trânsito, juro que não sou eu que tô dizendo: "Ser visível na chuva pode fazer uma diferença enorme. Certifique-se que sua bicileta esteja visível para outros veículos".

Freios - Não precisava lembrar, mas sempre vale a pena: na pista molhada, a frenagem ocorre em tempo maior. Ou seja, a gente tem que acionar o freio com mais antecedência, ser mais cauteloso. Nada de ficar muito perto dos carros. E também é bom ficar com as mãos próximas aos freios, para qualquer emergência. Atenção redobrada. Se estiver em rua de declive, descida, vá apertando e soltando o freio suavemente, para evitar algo mais brusco que possa fazer o pneu deslizar.

Poças - Cuidado com elas, evite-as ao máximo. São traiçoeiras. Às vezes escondem buracos. E em cidades como a minha (Rio de Janeiro), buracos são companhias constantes, embora bastante desagradáveis.

Os carros - A gente na bike está com menos visibilidade, menos aderência e bem menos facilidades para pedalar. Lembre-se que nos carros acontece a mesma coisa. Os motoristas estão com mais dificuldades para perceber suas laterais, principalmente. Preste muita atenção nos carros, bem mais do que o normal. Se no tempo seco é preciso antecipar o que motoristas vão fazer, imagine na chuva...

Prudência - Pedale mais devagar. Seja mais careta mesmo. Não arrisque, não dispute espaço. Com chuva manter o equilíbrio é sempre mais complicado e qualquer deslize pode levar a gente ao chão. É assim que faço: na chuva ando bem tranquilão. Atento paca, mas tranquilão.

Equipamento - Capacete, capacete, capacete. Bicicleta em bom estado.

Limpeza - Encarou a chuva, passou por ela e tomou seu banho? Então assim que puder, cuide da magrelinha.

Reportagem de Luiz Filipe Barboza ( O Globo, 31.3.2011)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Folia em duas rodas

Para quem gosta de pedalar e não de pular o carnaval,  o Velotour pode ser uma boa pedida. Promovido pelo Clube do  Cicloturismo do Brasil, o circuito  será realizado no Circuito Vale Europeu, em Santa  Catarina, um dos mais procurados do Brasil.
Com inscrição gratuita, o evento é realizado de maneira bastante independente.  Não há guias ou monitores e cada participante deve providenciar sua própria hospedagem e alimentação. No entanto, cada ciclista ganha uma credencial e, ao longo dos sete dias de pedalagem, deve passar por postos de controle,  cerca de dois por dia, onde têm sua identificação  carimbada por um integrante da equipe do evento.
Ao fim do percurso, o ciclista que tiver passado por todos os postos de controle ganha um certificado de participação do Velotour.
Apesar de ser um evento que exige autonomia de seus participantes,  existe um carro de resgate  que recolhe ao fim do dia os ciclistas que porventura não tiverem conseguido cumprir o percurso.
O Velotour acontece todos os anos desde de 2008 no Vale Europeu e desde 2010 no Circuito Costa Verde & Mar. Para ter mais informações, clique em http://www.clubedecicloturismo.com.br/eventos/velotour1103

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pedaladas energéticas

Conhecida como o país dos moinhos de vento, dos sapatinhos de madeira e das tulipas, a Holanda também é reduto dos apaixonados pela bicicleta. Para incentivar o uso da magrela e também reduzir as emissões de carbono, uma cidade holandesa pretende implementar uma ciclovia capaz de gerar energia a partir da luz do sol.                    
Ainda em fase inicial, o projeto conhecido como SolaRoad foi desenvolvido pela Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO) em parceria com a empresa de tecnologia Imtech, e deverá ser implementado em 2012 na cidade de Krommenie, considerada uma das 10 melhores cidades do mundo para se pedalar.
Com 10 quilômetros de extensão, a ciclovia será feita de uma base de concreto com medidas entre 1,5 e 2,5 metros de largura coberta por uma camada de células solares de silício. O sistema gerador será protegido por uma placa de vidro resistente às pedaladas dos ciclistas e, segundo os criadores, forte o suficiente para suportar até mesmo o peso de uma caminhão.
A expectativa dos desenvolvedores é que o SolaRoad gere 50kWh por metro quadrado ao longo ano, valor que deve ser suficiente para abastecer a iluminação de ruas próximas à ciclovia e de semáforos. Além disso, a energia excedente pode ser aproveitada para uso doméstico. O site do projeto desataca ainda que o conceito, parte do programa de energia renovável holandês, poderia ser implantado em toda a rede rodoviária do país, de 137 mil Km.
Anunciado no final de janeiro, o projeto tem recebido críticas sobre a possibilidade de ciclistas deslizarem na superfície de vidro, particularmente em condições molhadas. Em entrevista ao site sobre ciclismo Road.cc, um porta-voz do TNO disse que o "protótipo atual da superfície do vidro é tratado para criar uma aspereza que dá resistência suficiente para uma utilização segura da estrada, tanto em condições secas quanto em molhadas".

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma bicicleta às mãos e uma viagem na cabeça

Quem pensa que a bicicleta não foi feita para enfrentar longas distâncias não sabe o que está falando.  Acostumado a pedalar, o pediatra mineiro Sérgio Cabral foi do Camboja, onde trabalhava para uma organização humanitária internacional,  para o Vietnã em apenas oito dias.  Da experiência, ficaram boas lembranças da acolhida do povo khmer e a vontade de viajar de “magrela” muitas  vezes mais.

“Viajar de bicicleta é um pacote completo e barato, é uma associação de exercício físico e mental, é ecológico e é mais proveitoso do ponto de vista do turismo”, defende o médico.  Em entrevista ao Projeto 1 Carro a Menos, ele conta como se preparou para enfrentar estradas em más condições  e viver grandes aventuras.

Você poderia ter feito sua viagem de ônibus ou avião. Por que escolheu a bicicleta?
Viajar de bicicleta é um pacote completo e barato. É uma associação de exercício físico e mental, é ecológico e é mais proveitoso do ponto de vista do turismo, do contato com o ambiente, sua transformação visual ao longo da viagem e o contato com as pessoas. Ao chegar ao destino, já se viu e aproveitou muito de muitas coisas. Além de que muitas coisas inusitadas podem acontecer durante a viagem, algumas costumam ser agradáveis e outras mais duras, mas todas trazem uma boa experiência de vida.

Foi sua primeira viagem de bicicleta? Se não, quais outras?
Já fiz várias viagens de bicicleta. Em Cuba, fiz muitas viagens em bicicleta, sendo a maior delas de uns  600 km. No Brasil, quando adolescente, costumava pedalar sem planos ou para ir a alguma cidade mais próximas.

Quanto tempo durou a viagem?
Eu havia planejado cruzar a fronteira do Camboja ao Vietnã no primeiro dia de viagem, mas como atrasei na saída o tempo ficou curto e eu voltei à cidade onde estava baseado (Takeo). Parti novamente no dia seguinte pela manhã, bem cedo, e pude cruzar a fronteira no mesmo dia. A viagem durou uns oito dias.

Qual tipo de bicicleta você escolheu?
Uma bicicleta de 15 marchas, com garupa para levar a bagagem e algumas ferramentas. Bicicleta de pneus largos. As de 10 marchas e de pneus finos costumam ser mais rápidas e mais leves, mas são menos propícias para viagens onde não se conhece a qualidade das estradas.

Como se preparou para a viagem? Comeu algum alimento especial?
Na verdade levei uns sachês de comida usada para nutrição especial (hipercalórico, com conteúdo protéico e vitamínico), mas minha alimentação básica era feita em restaurantes ou na casa de pessoas que me acolhiam. A comida no Camboja e no Vietnã é pouco calórica, pois eles comem muito vegetal. É saudável, mas para viagens deste tipo é necessária a ingestão de bastante caloria e de líquidos, principalmente água. Na verdade, muitos dos pequenos restaurantes que parei para comer pelo caminho não cheguei a pagar pela comida, pois as pessoas me acolhiam e me ofereciam a comida de graça.
Quanto à preparação física, não fiz nada muito especial, já andava de bicicleta com frequência, inclusive sempre ia trabalhar de bicicleta. Também fazia corridas longas, e exercícios físicos. Alguns dias antes fiz uma viagem longa dentro do Camboja, na região sul.  Além da preparação física, acho importante a preparação psicológica. Estar preparado para dificuldades, para contratempos, cansaço e frustrações também é muito importante.

E para a bicicleta? Fez alguma modificação especial?
Não modifiquei a bicicleta, mas fiz, eu mesmo, uma revisão geral, alinhamento das rodas, regulagem dos freios, lubrificação geral, calibragem. Para viagens ou esporte, a bicicleta deve estar funcionando bem e com peças adequadas, pois isto garante o bom rendimento, tranqüilidade e, sobretudo, a segurança.
Na verdade eu não tinha uma bicicleta para a viagem e pedi emprestada a bicicleta de um amigo belga. Na bicicleta dele havia uma cadeirinha para carregar criança e não foi possível retirar. O ideal seria colocar o bagageiro sobre a roda da frente da bicicleta, mas eu não tinha material para fazê-lo. O que me fez carregar a mochila nas costas grande parte do tempo, o que não é adequado.

Em média, quantas horas pedalou por dia?
Sempre começava o dia bem cedo e parava no final da tarde, algumas vezes na entrada da noite, mas não pedalava o tempo todo. Alguns dias, pedalava mais, outros menos, dependendo do que ia encontrando pelo caminho. Não viajo na intenção de percorrer muitos quilômetros, mas na intenção de absorver ao máximo a experiência vivida. Poder parar para apreciar uma paisagem, para ter contato com algumas pessoas, tirar fotos, comer com tranqüilidade, faz parte da viagem. Quando viajo assim, não me sinto em uma competição. Por isso não economizo tempo de deter-me por algum momento que me traga prazer ou uma experiência positiva. O objetivo era justamente este e não o de percorrer a maior distância possível.  E a bicicleta nos dá esta chance, particular, de muito contato com os momentos, locais e pessoas que vão passando por nós... ou nós por elas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mejor en Bici

Na disputa Brasil X Argentina, os hermanos saíram na frente. O governo de Buenos Aires lançou o programa “Mejor en Bici” (melhor de bicicleta, em tradução livre) pra estimular a dobradinha metrô e bicicleta.

Foram disponibilizadas 500 bicicletas para a população. Para usar, basta fazer o cadastro no site do programa, buscar na estação mais próxima, usar por no máximo duas horas e devolver em qualquer estação. O serviço é gratuito e funciona de segunda a sexta-feira entre 8h e 20h e nos sábados entre 9h e 15h.
 
Para o governo, a iniciativa é uma maneira de incentivar um meio de transporte mais rápido, ecológico e sustentável, além de ser uma maneira de promover a prática de esportes. Além disso, disponibilizam no site vários cuidados e recomendações para os ciclistas, como usarem roupas coloridas e visíveis, respeitar os semáforos e usar capacete.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Caminhar faz bem ao cérebro

Caminhar pode fazer bem mais do que apenas ajudar a espairecer. Segundo um estudo realizado por cientistas da Universidade de Pittsburgh , nos Estados Unidos, e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science, andar por cerca de 40 minutos alguns dias da semana ajuda melhorar a memória e evita o envelhecimento cerebral.
De acordo com os cientistas, a realização de exercícios moderados aumentou o tamanho do hipotálamo, área do cérebro responsável pela memória, de 120 voluntários que participaram da pesquisa. O resultado do estudo, que durou um ano, também indicou um aumento na capacidade da memória.

Para chegar a esse resultado, os cientistas pediram que os 120 voluntários se dividissem em dois grupos. A um grupo recomendaram caminhadas de 40 minutos três vezes por semana. O outro realizou apenas exercícios simples de alongamento.

Exames de imagem do cérebro e testes de memória foram realizados no início, meio e fim da pesquisa. Através deles, ficou comprovado que o grupo que caminhava tinha apresentado uma significante melhora da capacidade de memorizar.

Deixar o carro em casa não só faz bem ao Meio Ambiente, como também a saúde. E você, costuma caminhar? Deixe seu depoimento no espaço de comentários ou no Facebook do Projeto 1 Carro a Menos.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pedalando no verão

Com temperaturas por volta do de 40° Celcius, nada mais sensato do que se preparar para enfrentar o calor. O Projeto 1 Carro a Menos ouviu a nutricionista Marianne Tabalipa, que deu dicas preciosas para você fazer da sua pedalada de verão um momento de prazer.

Para a profissional, a base para praticar exercícios físicos em períodos de altas temperaturas é ter uma boa alimentação. “O ideal é ingerir alimentos leves de fácil digestão, combinados com carboidratos”, ensina Marianne.

A nutricionista ressalta que, nessa época do ano, é recomendado ingerir mais líquido do que do costume. “Não espere sentir sede. Dê preferência a chás gelados, água mineral e de coco e sucos naturais”, diz Marianne. Com uma boa hidratação evitam-se câimbras, fadiga muscular e o cansaço antes do tempo.

Outra boa pedida para evitar câimbras é a ingestão de banana. “Devido ao seu alto teor de potássio, ela comprovadamente diminui as chances do problema. Além disso, ainda é uma fruta de fácil ingestão”, lembra.

Marianne recomenda ainda que os ciclistas não esqueçam de suar protetor solar e chapéu, para se proteger do sol.